terça-feira, 30 de julho de 2013

Crea pede atenção com construção de bairro em Guaratiba!!!

Órgão indicou que área, por estar localizada em terreno de mangue, é sujeita a alagamentos

O DIA
Rio - O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) afirmou, em nota, que "a construção de um bairro popular em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, pode causar vários tipos de riscos". O órgão indicou que o local, por estar localizado em terreno de mangue, é sujeito a alagamentos "caso não seja suficientemente preparado e estruturado para receber qualquer tipo de construção".
"Recentemente vimos a destruição de prédios populares em Niterói, mesmo antes de serem ocupados, por terem sido construídos em terreno frágil, sem o devido estudo na elaboração dos projetos e preparação do terreno", finalizou o documento.

Prefeito garante que área é edificável
O prefeito Eduardo Paes negou nesta segunda-feira que o terreno onde iria ser realizada a vigília e a Missa de Envio, em Guaratiba, seja Área de Preservação Permanente, ou seja, não edificável. O Ministério Público, no entanto, aguarda um laudo para confirmar ou contestar a informação sobre o terreno. No local, o município pretende construir um conjunto habitacional.

Nesta terça, um decreto publicado no Diário Oficial desapropria 1,8 milhão de metros quadrados da área. O valor da indenização depende da perícia judicial. Um dos sócios do espaço é Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários de ônibus no Rio.
Paes afirmou que, desde 2010 , existe um licença do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) para a construção de um conjunto habitacional no local. A autorização tem validade até 2016. O modelo de construção será como no Bairro Carioca, com creche, escola e Clínica da Família . Amanhã haverá uma reunião com o MP, o Inea e o Instituto de Arquitetos do Brasil para definir o plano de atuação.
“Vamos fazer ali um bairro popular, mas não é para levar mais gente para a Zona Oeste. A nossa ideia é fazer um bairro para justamente resolver situações absurdas (de infraestrutura) que existem em Guaratiba e dar uma oferta de moradia para quem está em condições ruins”, afirmou Paes.

Os moradores de Guaratiba estão sem saber o que fazer depois da Jornada Mundial da Juventude. “O meu vizinho cedeu o seu terreno para a retirada do aterro que foi levado para o Fidei. Vieram aqui dezenas e mais dezenas de caminhões da prefeitura, que danificaram toda a região, as ruas, o que restava de asfalto e as manilhas. Já liguei para a prefeitura, fui à 26ª Região Administrativa, na subprefeitura de Campo Grande, mas não dão resposta alguma”, se revolta Leci Pereira da Silva, com os protocolos de atendimento em mãos.
A doméstica Marlene dos Prazeres demonstra tristeza em não poder ver o Papa de perto e lembra que o Campus Fidei ainda está coberto de lama. “Seria um momento único para os moradores. O Papa Francisco passou pelo Rio e a lama ficou aqui. Aqui existia um mangue, que foi aterrado. Ainda há barro no local. Talvez, com a vinda dele em 2017, Pedra de Guaratiba seja contemplada com sua visita”, disse, esperançosa.

Fonte: RJ Alerta
http://rjalerta.com/ext/5337

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